Professor Alexandre Quadrado



Os alunos do Terceiro ano do ensino médio, do I.E.E Assis Chateaubriand, estudaram nesse primeiro trimestre de 2010, na disciplina de Geografia, a produção do espaço geográfico no capitalismo. Iniciamos o conteúdo mostrando a passagem do modo de produção feudal para o capitalista; os primeiros passos para a integração mundial (Capitalismo Comercial). Em seguida, procuramos demonstrar de que forma as inovações tecnológicas foram aplicadas à produção, originando as três fases da Revolução Industrial ou Tecnológica que foram e continuam sendo responsáveis por transformações radicais nas relações sociais e na estruturação do espaço; como as novas formas de organização do trabalho têm caracterizado a produção no mundo informatizado e as bases do surgimento da globalização.
Para compreender melhor o conteúdo, os alunos foram incentivados a elaborar um vídeo sobre as fases do capitalismo, eles utilizaram à sala de informática da escola, no qual em apenas duas aulas, criaram vídeos utilizando o programa Movie Maker, imagens e vídeos (retiradas da internet) e livro didático do ensino médio de Geografia.
Com este trabalho os alunos tornaram-se capazes de compreender melhor como o espaço se organizou no capitalismo e na atual realidade mundial caracterizada por profundas transformações trazidas pela ciência e pela tecnologia.


Impactos da atividade humana sobre o meio ambiente
Prof° ALEXANDRE QUADRADO - GEOGRAFIA
Até o século XIX, nem o número de pessoas nem a tecnologia disponível tinham força suficiente para modificar os sistemas da terra (ar, água, seres vivos). Foi só nos últimos 200 anos, sobretudo após a revolução industrial e com grande aumento populacional, que a atividade humana começou a afetar o meio ambiente de forma significativa, assumindo proporções assustadoras nos últimos 50 anos.

Os problemas relacionados ao meio ambiente são muito antigos, mas tanto a percepção das reais consequências da utilização indevida dos recursos naturais e dos efeitos globais dessas agressões, quanto a reação a eles são fatos bem mais recentes.

Somente, a partir de 1972, com a realização da Primeira Conferência Mundial sobre meio ambiente e desenvolvimento ­­– a Conferência de Estocolmo, na Suécia, patrocinada Pela ONU -, começou a se configurar a consciência de uma crise ambiental. Nessa conferência foram estabelecidos princípios para orientar os povos na preservação do meio ambiente. Atualmente existem em todo o mundo inúmeras organizações e partidos políticos dedicados a defesa ambiental.
Em junho de 1992, no Rio de Janeiro, realizou-se a Segunda Conferência Mundial sobre meio ambiente e desenvolvimento, a ECO – 92 ou Rio - 92, com o objetivo de estabelecer direitos e obrigações gerais dos Estados em matéria ambiental, sendo aprovados dois documentos como: Carta da Terra e a Agenda 21, resumindo, programa de ações para os governos construírem um desenvolvimento sustentável.
Em setembro de 2002, realizou-se em Johanesburgo (África do Sul) a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, também conhecida como Rio + 10. No encontro foram propostas as chamadas Metas do Milênio, que visam garantir, além da sustentabilidade ambiental, conquistas sociais como erradicação da fome e da pobreza extrema, melhoria das condições de vida das populações mais necessitadas etc.
Recentemente, em dezembro de 2009, aconteceu a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP15), que ocorreu em Copenhague, na Dinamarca, reunindo os representantes de 192 países. A reunião, que deveria promover melhoria do meio ambiente e reduzir emissão de gases que provocam o efeito estufa, foi um fracasso. O mundo não chegou a um acordo e a conferência resultou apenas em uma “carta de intenções” que realmente serve de base para redução dos gases, mas não possui nenhum valor legal e não possibilita a fiscalização e cobrança por parte das entidades responsáveis. Durante a conferência, de Copenhague, houve a tentativa de elaborar o esboço de acordo que substituiria o Protocolo de Kyoto (que expira em 2012 [!!!] ) e que chegou a prever a redução de 50% da emissão de gases até 2050, valor absurdamente pequeno, mas ainda assim não foi chegaram a um consenso.
Portanto, é importante avaliar as declarações de princípios e os programas de ação tirados desses eventos (Protocolo de Montreal, Carta da Terra, Agenda 21, Protocolo de Kyoto, Metas do Milênio, etc.) e a atitude dos diversos governos. (Visto que a “preocupação” pela defesa ambiental só começou em 1972).
Enfim, podemos comparar essas conferências com uma Copa do Mundo de Futebol, onde cada país, ou melhor, os jogadores (representantes das nações) estão preocupados em entrar em campo e arrancar pelo menos um empate do adversário. Ceder às exigências inclusas no documento sobre soluções ambientais, significa a derrota. E perguntamos: E quanto ao futuro do Planeta? – E eles respondem: Bom, é melhor deixarmos para discutir na próxima Conferência que ocorrerá daqui a 15 anos. (Visto que a “preocupação” pela defesa ambiental só começou em 1972).
Desculpem o pessimismo, mas na atual conjuntura, se não melhorarmos as condições de nosso planeta, se governos e mega corporações não se unirem e se cada um não fizer a sua parte, não teremos mais que alguns anos de vida e o pior, podemos até ter muitos anos, mas correndo o risco de vivermos em condições precárias. E não é preciso ir longe pra ver os resultados do efeito estufa e da poluição, no Brasil mesmo estamos testemunhando temperaturas cada vez mais extremas, fora as chuvas que tem causado mortes e estragos em todo o país.

BUSCANDO SOLUÇÕES

Alunos da turma NA1 (1° ano do Curso Normal), do I.E.E Assis Chateaubriand, após aprofundar alguns temas sobre meio ambiente, como a relação consumo – natureza, a poluição urbana das águas, do ar (com especial atenção para questões da chuva ácida, do buraco da camada de ozônio e do agravamento do efeito estufa), e soluções possíveis desses problemas, resolveram desenvolver uma atividade que desperta-se a conscientização ambiental. Portanto, com a realização da MOSTRASSIS/2009, foi desenvolvido nas aulas de Geografia, um pequeno cenário representando a visão que eles tinham sobre o planeta terra, destacando os impactos da atividade humana sobre o meio ambiente, entretanto, esse trabalho (exposto na MOSTRASSIS/09) aponta apenas uma das muitas consequências dos impactos ambientais no planeta terra. Porém, posso dizer que com a realização dessa atividade, os alunos foram capazes de perceber que essas questões envolvem processos variados de interação entre humanidade e a natureza, ou seja, de ocupação do solo, de demanda por recursos naturais, de ocupações de espaços urbanos e rurais, de crescimento populacional e de consumo e principalmente, reconhecer os efeitos desastrosos das atividades humanas sobre o planeta terra.

Concluindo, vamos tentar minimizar os efeitos desastrosos contra o nosso planeta, não podemos esperar por medidas que não acontecem na prática dessas metas das conferências sobre o meio ambiente, então não deixaremos para pensar no meio ambiente somente no dia 5 de Junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, data que anualmente busca a atenção e ação política de povos e países para aumentar a conscientização e a preservação ambiental.

Prof° ALEXANDRE QUADRADO - GEOGRAFIA